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CCTA celebra 10 anos de criação e se consolida como um dos mais importantes Centros no cenário do ensino público
O Centro de Comunicação, Turismo e Artes (CCTA), unidade de ensino mais recente do campus I da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), completa 10 anos de fundação neste sábado (19).
O CCTA iniciou as atividades, em 2012, com cinco departamentos, todos oriundos do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes (CCHLA), que continua em funcionamento, abrigando cursos como Psicologia, História e Sociologia.
Segundo o ex-diretor e fundador do CCTA, David Fernandes, o Centro foi criado para se tornar referência na região, composto por docentes com formação acadêmica completa, em sua maioria doutores, oriundos das mais diversas instituições nacionais e internacionais, e corpo administrativo eficiente, formado por profissionais bem qualificados, objetivando o progresso da ciência, da técnica e das artes, como instrumento para o desenvolvimento social e econômico. “O CCTA nasceu com a perspectiva que prima por oferecer uma educação pública, gratuita e de qualidade, tendo o compromisso ético, moral e social de buscar alternativas e desenvolver projetos, voltados para transformações sociais, que promovam a melhoria das condições de vida do cidadão, favorecendo a possibilidade de uma inserção social plena, autônoma e independente”, afirmou David Fernandes.
Hoje, O CCTA possui 14 cursos de Graduação, entre Bacharelado e Licenciatura, e 04 Programas de Pós-graduação. Na Graduação podem ser encontrados cursos nas seguintes áreas: Artes Visuais; Cinema; Dança; Jornalismo; Hotelaria; Música; Música Popular; Radialismo; Regência de Bandas e Fanfarras; Relações Públicas; Teatro e Turismo. No campo da Pós-graduação, o Centro possui programas em Artes, em Artes Visuais, em Jornalismo e em Música.
Contando com cerca de 90 técnicos administrativos e técnicos músicos, quase 200 professores efetivos, substitutos e visitantes, e mais de 1.900 alunos ativos, o CCTA é um dos Centros da UFPB com maior número de projetos de extensão, que envolve o acesso de pessoas da comunidade externa às instalações, serviços e ações da instituição. Além disso, possui laboratórios com equipamentos de última geração, como o Estúdio de TV, e a Unidade de Hospitalidade, que apesar de ainda em construção, já conta com alguns dos principais maquinários, estes adquiridos a partir da captação de recursos externos.
Fabiana Siqueira, professora de Jornalismo e vice-diretora do CCTA comemora as conquistas do Centro, em especial, no que diz respeito à expansão de ambientes tão necessários ao aumento da qualidade do ensino, da pesquisa e da inclusão, como é o caso da própria Unidade de Hospitalidade (UH), que é um projeto do Centro voltado para os cursos de Hotelaria e Turismo, a fim de fortalecer o ensino com aulas ainda mais práticas. “O objetivo é que o novo ambiente abrigue também programas de extensão, como o Paraíba Criativa, além de servir como apoio para cursos de outros Centro de Ensino da UFPB, como os de Engenharia de Alimentos, Nutrição e Gastronomia. Nosso desejo é que a UH, por exemplo, sirva de incentivo para que cursos de outros Centros possam desenvolver ambientes interdisciplinares como esse. Além disso, que a UH seja o primeiro de muitos, nesse modelo, que possamos implantar no nosso CCTA”.
Para o diretor do CCTA e professor de Música, Ulisses Carvalho, a evolução do Centro nos últimos anos é visível em vários aspectos. “O CCTA cresceu e tem crescido em estrutura física. Tivemos a conclusão do bloco C, o conhecido Abacatão, a construção do bloco B, onde fica localizado a Direção de Centro, e continuamos expandindo como tem ocorrido com construção da Unidade de Hospitalidade e da Nova Escola de Música. Porém ainda há muito o que fazer, como a finalização do Teatro Lampião, um espaço de suma importância não só para a UFPB, mas para a sociedade paraibana.
Ainda conforme o diretor, "é importante visualizar outros aspectos como, entre tantos, a diversificação de bacharelados oferecidos pelo departamento de Música em praticamente todos os instrumentos, de sinfônicos a populares”.
Além das construções, O CCTA também vem implantando e organizando setores estratégicos para uma maior dinâmica e transparência dos processos. É o caso da instalação da Biblioteca Setorial, que conta com um vasto acervo, a reestruturação da Editora do Centro e a criação da Secretaria Integrada de Atendimento à Graduação (Siag), que concentra toda a demanda estudantil.
De acordo com Ulisses Carvalho, são muitos os planos para melhorar ainda mais a excelência do ensino, da pesquisa, da inovação, da extensão e da internacionalização no Centro, mas pouco a pouco as conquistas vão se tornando realidade: “Temos planos de ampliar ainda mais o CCTA, não só estruturalmente, o que já se faz necessário. Queremos aumentar o número de programas de pós-graduação, como o Doutorado em Artes Visuais, associado com a Universidade Federal de Pernambuco, que já está em fase de aprovação, bem como oferecer outros cursos de graduação”.
No mapa da missão artística do CCTA aparecem equipamentos específicos e relevantes de valorização estética como a Sala de Concertos Radegundis Feitosa; a Galeria de Arte Lavandeira; e o Cinema Aruanda. Ainda sobre a veia artística que perpassa o Centro, é preciso falar sobre a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Paraíba (OSUFPB) que estreou em abril de 2013. Ao surgir, a OSUFPB inaugurou uma nova era na cena sinfônica da Paraíba, pois além de cumprir finalidades acadêmicas, estimula a pesquisa executando obras inéditas e as de cunho experimental, que não atendem aos interesses mercadológicos. Para além disso, a Orquestra conseguiu dar escoamento aos projetos da área de Música da universidade, tanto no campo da composição como no campo da performance. Importante salientar as constantes apresentações que são realizadas gratuitamente, geralmente às sextas-feiras, para o público em geral, prática que só foi interrompida, temporariamente, devido à pandemia de Covid-19. A orquestra conta com músicos contratados, além da participação de professores e alunos dos Departamentos de Música e Educação Musical.
Nesses 10 anos de existência do CCTA, outra área que vem se destacando é a da extensão. Durante esse período, o Centro já desenvolveu mais de 1.000 ações do tipo entre cursos, projetos, eventos, programas, produtos e prestação de serviços. Em relação a projetos, especificamente, aproximadamente 350 foram colocados em prática e em torno de 400 bolsas foram ofertadas para alunos da UFPB.
Importante ressaltar que o CCTA enxerga a extensão universitária como prática e compromisso indispensável à plena realização da UFPB como instrumento emancipatório. Ao estabelecer uma relação transformadora com a sociedade, as ações de extensão do CCTA têm impactando objetivamente a vida de centenas de pessoas todos os anos, seja no ensino de um instrumento musical, seja no apoio ao empreendedorismo, por exemplo.
Os investimentos no CCTA também têm rendido boas avaliações da graduação pelo Ministério da Educação (MEC). Em 2019, por exemplo, os cursos de Licenciatura em Dança e de Jornalismo receberam nota 5, pontuação máxima do MEC. No caso do curso de Licenciatura em Dança, essa avaliação foi a primeira desde a criação do curso em 2013. Também em 2019, os cursos de Bacharelado e de Licenciatura em Teatro obtiveram ótima avaliação, alcançando nota 4.
Maria do Socorro Lima, uma das primeiras servidoras a integrar a equipe do CCTA, lembra do desafio que foi iniciar o projeto ousado que era o CCTA: “a nossa estrutura física (Direção de Centro), limitava-se a uma minúscula sala, acomodando o Diretor e mais quatro servidores e apenas uma ilha. As dificuldades e os desafios cresciam, a cada dia, no entanto, os nossos sonhos sempre foram superiores. Éramos e ainda somos uma comprometida equipe de servidores que nunca mede esforços para tornar realidade a evolução do CCTA”.
E é nessa visão de comprometimento com a excelência do serviço público, que Joaquim Neto, estudante do Curso de Jornalismo do CCTA, fala sobre o Centro: “umas das coisas que sempre me chamou a atenção no CCTA é a cordialidade de professores, dos técnicos e dos funcionários terceirizados. Essa questão da humanização é muito importante para nós alunos. Além disso, o CCTA vem cumprindo o seu papel fundamental na construção de uma sociedade mais justa, crítica, a partir do momento que através do ensino, da pesquisa, dos debates forma cidadãos e não apenas profissionais”.
Reportagem: Débora Freire