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Exposição coletiva 'TEIA' começa amanhã na Galeria Lavandeira do CCTA
Uma exposição que reúne obras de três artistas mulheres com foco na indagação: Que relações podemos estabelecer entre tramas e nós, naturezas possíveis e narrativas cotidianas?
Essa será a 'TEIA: (DES)FIANDO A TRAMA' uma Mostra coletiva que começa amanhã na Galeria Lavandeira, no bloco B do CCTA/UFPB, a partir das 16h.
A exposição, que segue até o próximo dia 25 de novembro, levará ao público obras construídas a partir de memórias e lembranças, coletas, apropriações, esquecimentos e apagamentos. Ela reflete a inserção das três jovens artistas na autonarrativa autoral e poética, que representa maneiras de ser e estar no mundo. Tecendo imagens, contribuições e (re)construções do ser mulher no cotidiano, os trabalhos expostos demonstram o papel político da arte para a afirmação das mulheres artistas, enfrentando a hegemonia e demarcando lugares de fala.
As artistas, Aurora Caballero, Layla Gabrielle e Morgana Ceballos são estudantes de graduação em Artes Visuais (DAV), do CCTA.
A curadoria da Mostra ficou por conta dos professores do DAV/CCTA/UFPB, Robson Xavier e Sicília Calado.
Sobre as obras
Com a linha abstrata e imaginária, Aurora, Layla e Morgana rearranjam tramas da vida em camadas, sobreposições e diálogos agenciados a partir de suas obras. Com “a agulha do real nas mãos da fantasia”, como na canção de Gil, costuram possibilidades de naturezas outras, tecendo formas e imprimindo gestos numa tecitura de invenções, lembranças e semelhanças. Entre “nós”, as artistas tecem imaginários possíveis, enredando relações entre arte, imaginação e cotidiano, onde tecido - como suporte e como ato - desdobra-se em pinturas, instalações e performances.
Para Aurora Caballero, operações como “empréstimo de caracteres visuais científicos, atuação diletante e colecionismo” configuram-se em fabulações especulativas sobre certezas e subjetividades, onde a artista relaciona arte, natureza e ciência para (re)elaborar outras naturezas em formas híbridas e imaginárias. No tecer da lã, o nó marca o começo e o final de uma trama.
Com a linha vermelha, que liga e atravessa uma geração de mulheres, Morgana Ceballos entrelaça, enreda e engendra novas tecituras. A ação proposta por Morgana em “Crochezão”, propõe elos entre algo que se tem e algo que se pode vir a ter e nos convida a olhar o movimento de tramas vividas durante o período de isolamento, decorrente da pandemia da COVID 19.
Sobrepondo camadas de tintas, com veladuras densas, sobre lonas e tecidos de tramas largas, Layla Gabrielle reconstrói narrativas do cotidiano como mulher/artista, sua figuração pop, descortina formas e cores presentes na vida, desvelando encontros e conexões entre o ser mulher, as significações dos objetos e as camadas de cores, que marcam ausências/presenças, histórias contadas/vividas, memórias de corpos que se encontram.
Redação: Débora Freire c/ informações do DAV/CCTA/UFPB