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Morre Edino Krieger, aos 94 anos
O compositor, produtor, maestro e crítico musical, Edino Krieger morreu nesta terça-feira, aos 94 anos. Ao longo de mais de setenta anos de carreira, Edino Krieger deixou um legado inestimável para a música brasileira, sobretudo quando se fala da música de vanguarda de concerto do século XX.
Poucos dias antes de se iniciar o confinamento por conta da pandemia, mais precisamente no dia 13 de março de 2020, Edino foi homenageado pela Osufpb com obras suas executadas pela Orquestra e participação especial dos solistas Renan Rezende e Iberê Carvalho, sob regência de Marcos Arakaki. No mesmo dia, ainda na Sala Radegundis Feitosa, Edino Krieger e sua esposa Neném Krieger deram uma entrevista.
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Uma longa e densa trajetória
Edino Krieger era filho do músico, compositor e regente Aldo Krieger, com quem teve as primeiras lições ao violino em Brusque (SC), cidade em que nasceu em 1928.
Aos 15 anos, em 1943, transferiu-se para o Rio, para prosseguir sua formação no Conservatório Brasileiro de Música, onde estudou com H. J. Koellreutter, graças a uma bolsa oferecida pelo então governador catarinense (e mais tarde presidente do Brasil por dois meses) Nereu Ramos. Nos EUA, estudou com Aaron Copland e Gilbert Chase.
Com mais de 70 anos de carreira, Edino foi considerado, junto a Guerra-Peixe e Cláudio Santoro, com quem integrou o Grupo Música Viva, um dos principais nomes da vanguarda da música de concerto no Brasil, no século XX. Também foi diretor da Rádio MEC e crítico da "Tribuna da Imprensa" e do "Jornal do Brasil".
Além da música, ocupou cargos na administração pública em órgãos ligados à Cultura, como a Fundação de Teatros do Rio (de 1975 a 1978), a Funarte (de 1981 a 1998), e o Museu da Imagem e do Som (de 2003 a 2006). Criou os Festivais de Música da Guanabara e as Bienais da Música Brasileira Contemporânea, e, em vários mandatos, ocupou a presidência da Academia Brasileira de Música.