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CCTA recebe primeira edição do Cine Prosa Mostra de Cinema e Literatura


De 16 a 20 deste mês, o CCTA recebe a primeira edição do Cine Prosa – Mostra de Cinema e Literatura, evento que tem o patrocínio do Ministério da Cultura e BNB Cultural.

Segundo a organização do evento, durante quatro dias, o Cine Prosa, que será realizado na Sala Cine Aruanda, térreo do bloco B do CCTA, oferecerá uma programação dedicada à relação entre imagem e escrita, com foco em artistas da Paraíba ou a partir de suas obras.

Entre os convidados estão cineastas, escritores, críticos de cinema e pesquisadores da Paraíba, do Rio Grande do Norte e de Pernambuco.

De acordo com André Dib e Aécio Amaral, coordenadores da mostra, o projeto busca corresponder à necessidade de exibir obras do cinema feito na Paraíba que se relacionam com a cultura literária ou em prosa em sentido amplo, como também obras do cinema nacional inspiradas por obras literárias de autores paraibanos. Aécio Amaral é professor do Departamento de Sociologia da UFPB e cineasta. Já André Dib é jornalista, pesquisador e crítico de cinema.

A abertura do festival terá uma conferência do escritor e crítico paraibano João Batista de Brito, seguida pelo encontro de dois convidados pernambucanos: a professora e pesquisadora Ângela Pryston e o professor de filosofia Érico Andrade, que irão discutir as especificidades da crítica entre o cinema e a literatura – além da própria crítica como gênero literário.
 

Ao longo do festival haverá conferências e mesas-redondas sobre processos criativos audiovisuais em diálogo com a literatura; e, à noite, serão exibidos curtas e longas-metragens, entre eles, o clássico A hora da estrela (SP, 1985), de Suzana Amaral, adaptação do livro homônimo de Clarice Lispector, com a paraibana Marcélia Cartaxo no papel principal. A programação de longas ainda inclui Pele fina (PB, 2022), de Arthur Lins; Onde Borges tudo vê (PB, 2012), de Taciano Valério; e Garoto (RJ, 2015), de Júlio Bressane, que marca o reencontro do cineasta com Jorge Luís Borges, tendo como cenário o Lajedo de Pai Mateus, em Cabaceiras.

Entre os curtas está uma sessão especial dedicada ao cineasta paraibano Torquato Joel, com dois documentários poéticos de sua filmografia: Transmutação (2012) e o recente Pulmão de Pedra (2024). Outros destaques são O azul indiferente do céu, de Carlos Dowling, que será apresentado em versão work in progress, a partir de história em quadrinhos do artista paraibano Shiko, que por sua vez terá seu curta Lavagem (2011) exibido no mesmo programa; e Recife de dentro pra fora (PE, 1997), de Katia Mesel, que será exibido em cópia restaurada em 4k no mesmo programa que O Rio, um itinerário poético (PE, 2021), de Adelina Pontual, dois trabalhos se relacionam com a obra de João Cabral de Melo Neto.